Não aos desenhos de graça.

Imagine a seguinte cena: Por N motivos você precisa de um pedreiro. Você encontra um conhecido (colega, talvez) que é um ótimo pedreiro e pede para que ele te ajude. Só um detalhe: Nade de pagamento. Ora, por quê? O cara é um ótimo pedreiro, não vai demorar nem quinze minutos para ele te ajudar! O que custa?!

Cena estranha essa que eu fiz você pensar, não é?

Ninguém “contrata” um pedreiro, um engenheiro, professor, advogado... Qualquer profissão para trabalhar de graça. Então por que é tão assustador imaginar que um desenhista também cobre? “Ah, mas ele não vai gastar nada para fazer isso aqui, é rapidinho”.

Eu não sei se as pessoas sabem, mas quem desenha não começou desenhando bem. É uma longa caminhada composta por treino, dedicação e estudo. E o talento? Bem, acho que não há esse negócio de talento, apenas uma tendência. Já ouviu o ditado “Tempo é dinheiro?” Essa longa caminhada do desenho ocupa bastante tempo! E os materiais? Bons materiais de desenho aqui no Brasil são caríssimos – na verdade, são caros no mundo todo, mas aqui ainda consegue ser mais ainda.

“Você está exagerando, um lápis de escrever custa menos de um real ¬¬”

Não estou dizendo que com materiais baratos não dê para fazer um ótimo trabalho... Mas com materiais melhores, resultados melhores. Alguns lápis custam 5, 6, 7 reais. Outros mais do que isso.

Isso que o desenhista gastou é um investimento. E investimento deve dar retornos.

Outro ponto é que sair fazendo desenhos de graça causa uma atitude muito comum nas pessoas: A de desvalorização. É deprimente ver que as pessoas acham caro se você cobrar cinquenta reais por um desenho que você pode ter demorado dez, doze horas.

É triste viver num país em que ser artista é quase o mesmo que ser mendigo. 

Desenho nada a ver com a postagem, mas quem liga? huahua